Lavras do Sul foi emancipada de Caçapava do Sul em 9 de maio de 1882. O atual território do município surgiu pela formação das Missões Jesuíticas, com a presença dos índios Guenoas, e também pela mineração do ouro. O núcleo populacional surgiu em 1825, mas antes desta data, já havia a circulação de europeus e bandeirantes, atrás de notícias da existência do ouro na região. A cidade surgiu a partir de um núcleo populacional centralizado na Igreja Matriz de Santo Antônio. No auge da mineração e do funcionamento de uma unidade da Brigada Militar, Lavras do Sul chegou, entre 1930 e 1960, mais de 13 mil habitantes. Atualmente, segundo o Censo Demográfico 2022 do IBGE, são 7.157 habitantes. Povos das mais diversas etnias compõem a população lavrense. O Município de Lavras do Sul se divide em dois distritos: Sede e Ibaré. Localizada no Sudoeste do Rio Grande do Sul, entre Bagé e Caçapava do Sul, Lavras do Sul tem 2.600 km² de área, altitude média de 300 m e tem um vasto complexo de campos nativos, ambiente com diversas e belas paisagens. A Sede é banhada pelo Arroio Camaquã das Lavras. O clima é frio e úmido de maio a setembro. Lavras do Sul está distante de Porto Alegre a 320 km. A ERS-357 é a principal ligação rodoviária de Lavras do Sul com o RS. A ligação com Bagé merece atenção, pois ainda não foi asfaltada. Nos últimos anos, as novas tecnologias são instaladas no município. A base da economia lavrense é o Agronegócio, mas o comércio, serviços e turismo crescem cada vez mais. Há a possibilidade de instalação novos empreendimentos, relacionados à mineração e à energia eólica, podendo gerar divisas a Lavras do Sul. A Praia do Paredão, a Igreja Matriz de Santo Antônio, o Turismo na Zona Rural e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes são algumas das mais importantes atrações turísticas da cidade. O Carnaval, as Semanas Farroupilhas de Lavras do Sul e Ibaré, a ExpoLavras, o OuroDança, a FELAIC e o Torneio Interblocos são os principais eventos realizados ao longo do ano. Pode-se dizer que Lavras do Sul é uma "grande família", com uma cultura peculiar e povo pacífico, que acolhe seus visitantes. Há uma forte cultura tradicionalista e carnavalesca em Lavras do Sul. O Carnaval Lavrense é considerado o melhor da região.

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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

REGIÃO: O turismo no Pampa e suas possibilidades


Produtos do Pampa Gaúcho (arroz, charque e azeite) fazem parte de uma gastronomia diferenciada e são elementos integrantes da cadeia produtiva da economia e turismo do Pampa Gaúcho. Foto: Murilo de Carvalho Góes

Sou um grande apoiador e confiante no crescimento e fortalecimento da atividade turística da Região do Pampa Gaúcho. Muitos cidadãos dos municípios integrantes desconfiam dos potenciais turísticos locais. Mas, se bem analisarmos, o turismo da Região do Pampa começa a ganhar mais espaço e reforço, inclusive com divulgação em outras regiões (atrações como o recém inaugurado Trem do Pampa, em Sant’Ana do Livramento, e o Geoparque de Caçapava do Sul estão sendo apresentadas em outras regiões do Rio Grande do Sul e do Brasil).

Qualquer região turística tem suas qualidades e dificuldades. Estamos, como promotores, trade e cadeia produtiva do turismo ou observadores da atividade, cientes de que é uma missão que requer muito trabalho e em uma construção complexa para sua consolidação. A melhoria da rede de transportes – como a RSC-473 e seu necessário e urgente asfaltamento – o aperfeiçoamento da infraestrutura de comunicações, limpeza e segurança pública, energia elétrica e a aplicação de políticas públicas em turismo podem ser fundamentais.

Catalogar, diagnosticar as falhas, criar inventários, promover reuniões e observar modelos de planejamento e execução de eventos e empreendimentos turísticos, divulgar, sejam pela Internet, mídias eletrônicas ou junto às agências de viagens, são desafios que podem transformar a atividade turística uma fonte cada vez mais forte no Pampa Gaúcho.

Parece difícil para muitas pessoas acreditar no Turismo como uma grande atividade econômica do Pampa. Eu acredito. Pode levar ainda algum tempo, depende muito da mobilização, que cresceu muito nos últimos anos, nos onze municípios integrantes (Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra, Lavras do Sul, Pedras Altas, Pinheiro Machado, Santana da Boa Vista e Sant’Ana do Livramento). Respeito a opinião contrária. Mas, o turismo da Campanha / Pampa ainda pode surpreender. Já há uma significativa movimentação turística no Pampa, em especial após à pandemia de Covid-19, que motivou o turismo sustentável, interno e de valorização de novas características.

A gastronomia típica requer também destaque, com os premiados vinhos e azeites do Pampa, o churrasco, o chimarrão e as comidas típicas que encantam os paladares dos turistas. Vale a pena se deliciar com as comidas locais.

Portanto, tudo a seu tempo. Acredito que o Pampa Gaúcho terá, no turismo, mais uma fonte de renda e empregos para região. Superar as dificuldades pode acontecer em qualquer lugar. Promover o que há de bom, da mesma forma. E viva o turismo regional em nossas belas paisagens dos Pampas do sul do mundo.

Por: Murilo de Carvalho Góes.

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